quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Poesia: Direitos

::::: Direitos::::


Onde andam meus direitos?
Surpresa não os tenho.
Criminosos são os suspeitos.
Mas e os verdadeiros?, nestes não vejo empenho.

Justiça para uns e para outros esta dor no peito.
Onde andará nossa democracia?
Esta que dizem que temos, só vejo defeito.
Será covardia?

Ou talvez venha sendo ousadia.
Vejo poucos governar muitos.
Preconceitos aceitos hoje em dia?
Existem e incrivel por muitos aceitos.

Ignorância, muitos defeitos.
Nosso povo coagido.
Queremos nossas diferenças aceitas em todos os meios.
Quero gritar nossa liberdade sem ser detido;

Exigir a verdade e não ser calado por um tiro.
Mostrar a tristeza que uma hora vira odio desenfreado.
Não venham apenas reclamar do acontecido;
Quando, um negro, um indio, um pobre, se tornar um bandido e inverter a frase... "coitado"

Pois será tarde, como disse o profeta... gentileza gera gentileza, e aqui não é o caso.
Precisamos rever nossa situação.
E deixar de pensar que tudo é por acaso.
Amar nosso povo, abrir verdadeiramente nosso coração.

Não prego o odio que provem do desemprego, agora não.
Eu quero estudo, saúde, condições de vida.
Mas quando isso nos darão?
Quando não houver mais saida?

Até agora, pouca vitoria foi obtida.
Ainda há tempo, por favor olhem nosso povo;
Todos desde aquele que trabalha ao que vive na correria.
Pensem um pouco.

Muitos deveres, é o que ouço.
E os direitos, não temos direitos?
Quantas gerações ainda reviveram o mesmo sufoco?
Quantos ainda veram seus irmãos matando e morrendo por seus defeitos?

Eles merecem morrer por serem imperfeitos?
Enquando o único desejo for o dinheiro;
Teremos o capitalismo aumentando nossos defeitos.
A alienação não nos trará paradeiro.

A fome e o medo nos toma por inteiro.
Nosso povo não quer ser mais massa de manobra.
Queremos o fim deste circo direto do picadeiro.
E isso que este grito de assalto cobra...

Brasil não basta ter o material temos que começar a obra...



Autor: Rodrigo Piana Silva- vulgo-Fúria.

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